Estava eu a ver a caderneta do meu filho, e li uma mensagem da professora, que reporta a Fevereiro. No dia 3, a Professora do meu filho, pediu para falar comigo. Parecia ser grave, e era grave.
Disse-me que, na aula de Expressão Plástica, no dia anterior, o meu filho, juntamente com alguns colegas, disseram vários palavrões.
Chamou o meu filho ao seu gabinete, na minha presença, e disse tudo à sua frente. O meu filho, não confirmou nem desmentiu, simplesmente baixou os olhos. A Professora insistiu, pediu-lhe que levantasse a cabeça, e ele começou a chorar. Entretanto, pediu ao meu filho que voltasse para sala de aula.
Tal como eu, a Professora estava indignada, e surpreendida com a atitude do meu filho. Também me disse, que chegou a insistir com a professora de Expressão Plástica, no sentido de ter a certeza que tinha sido mesmo ele, ou se teria havido algum engano, pois não esperava tal comportamento do D.
Fui trabalhar, muito desapontada com o meu filho e muito nervosa. Mas, quando acalmei, lembrei-me que em mais de seis anos de vida, o meu filho nunca tinha dito um palavrão. Além disso, sei perfeitamente, que as crianças se sujeitam a comportamentos menos bons para se integrarem na sociedade.
À tarde, quando fui buscar o meu filho à escola, mal chegámos ao carro, iníciei uma conversa com ele sobre o que acontecera no dia anterior. Disse que não sairia dali, enquanto ele não me dissesse qual o palavrão que tinha dito na aula de Exprssão Plástica, e porque é que o disse.
Ele disse-me logo que tinha dito "p***@" e que foi um colega que lhe disse para ele dizer.
Já nem precisava de me dizer porquê, pois eu sabia, ou pelo menos acreditava, que ele desconhecia tal palavra. Mesmo assim, perguntei-lhe se sabia o significado, e ele respondeu que não.
Fiquei mais descansada. Expliquei-lhe que era um nome feio, que as pessoas mal educadas davam à pilinha. Disse também que não queria que ele voltasse a dizer tal coisa, agora que sabia que se tratava de um palavrão.
Fiquei com muita pena dele, por ele ter sido sujeito a um castigo, por parte da professora com o meu consentimento, pois se há coisa que não tolero nos meus filhos, é a falta de respeito e a má educação.
Entretanto, dei comigo a pensar, que tal como aconteceu antes, este episódio poderia repetir-se por inocência e ignorância. E sem pensar duas vezes, ensinei ao meu filho, todos os palavrões que conhecia, e o seu significado. Disse-lhe que, se ele os voltasse a ouvir, não os podia repetir, mesmo que os colegas o incentivassem, pois eram palavras muito feias.
Quando cheguei a casa, achei por bem, mandar um recado para a Professora, a dizer o que fiz, e que, caso não achasse correcta a minha atitude, que me dissesse. Eu fi-lo por instinto. E acreditem, não foi nada fácil para mim, mas preferi que ele aprendesse comigo do que aprendesse com os colegas, pois isso, quer eu queira, quer não, mais tarde ou mais cedo vai acontecer.
Na caderneta, estava um recado para mim, da Professora, a pedir para não o castigar, pois tinha falado com o Diogo, e pediu-lhe para escrever o palavrão, uma vez que ele não o queria mencionar. Disse também, que o meu filho não sabia o significado do mesmo.
No dia seguinte, de manhã, ao pequeno-almoço, disse-lhe que me tinha esquecido de lhe ensinar um palavrão e disse-lhe que era: "p**@."
Ele, rapidamente e muito descontraído disse-me: - "Essa eu já sei!"
Mais rapidamente disse eu: - "Como?"
E ele respondeu-me, que o avô, uma vez tinha dito essa palavra, porque os gatos fizeram cocó na relva, (filhos da p**@.)
No dia seguinte, o meu filho deu-me a caderneta, porque tinha um recado para mim. Para além de assinar a minha mensagem, a Professora do Diogo agradeceu a minha colaboração, e admirou a minha atitude.
E com vocês, já passarm por algo semelhante? Como é que resolveram a situação?
Chamou o meu filho ao seu gabinete, na minha presença, e disse tudo à sua frente. O meu filho, não confirmou nem desmentiu, simplesmente baixou os olhos. A Professora insistiu, pediu-lhe que levantasse a cabeça, e ele começou a chorar. Entretanto, pediu ao meu filho que voltasse para sala de aula.
Tal como eu, a Professora estava indignada, e surpreendida com a atitude do meu filho. Também me disse, que chegou a insistir com a professora de Expressão Plástica, no sentido de ter a certeza que tinha sido mesmo ele, ou se teria havido algum engano, pois não esperava tal comportamento do D.
Fui trabalhar, muito desapontada com o meu filho e muito nervosa. Mas, quando acalmei, lembrei-me que em mais de seis anos de vida, o meu filho nunca tinha dito um palavrão. Além disso, sei perfeitamente, que as crianças se sujeitam a comportamentos menos bons para se integrarem na sociedade.
À tarde, quando fui buscar o meu filho à escola, mal chegámos ao carro, iníciei uma conversa com ele sobre o que acontecera no dia anterior. Disse que não sairia dali, enquanto ele não me dissesse qual o palavrão que tinha dito na aula de Exprssão Plástica, e porque é que o disse.
Ele disse-me logo que tinha dito "p***@" e que foi um colega que lhe disse para ele dizer.
Já nem precisava de me dizer porquê, pois eu sabia, ou pelo menos acreditava, que ele desconhecia tal palavra. Mesmo assim, perguntei-lhe se sabia o significado, e ele respondeu que não.
Fiquei mais descansada. Expliquei-lhe que era um nome feio, que as pessoas mal educadas davam à pilinha. Disse também que não queria que ele voltasse a dizer tal coisa, agora que sabia que se tratava de um palavrão.
Fiquei com muita pena dele, por ele ter sido sujeito a um castigo, por parte da professora com o meu consentimento, pois se há coisa que não tolero nos meus filhos, é a falta de respeito e a má educação.
Entretanto, dei comigo a pensar, que tal como aconteceu antes, este episódio poderia repetir-se por inocência e ignorância. E sem pensar duas vezes, ensinei ao meu filho, todos os palavrões que conhecia, e o seu significado. Disse-lhe que, se ele os voltasse a ouvir, não os podia repetir, mesmo que os colegas o incentivassem, pois eram palavras muito feias.
Quando cheguei a casa, achei por bem, mandar um recado para a Professora, a dizer o que fiz, e que, caso não achasse correcta a minha atitude, que me dissesse. Eu fi-lo por instinto. E acreditem, não foi nada fácil para mim, mas preferi que ele aprendesse comigo do que aprendesse com os colegas, pois isso, quer eu queira, quer não, mais tarde ou mais cedo vai acontecer.
Na caderneta, estava um recado para mim, da Professora, a pedir para não o castigar, pois tinha falado com o Diogo, e pediu-lhe para escrever o palavrão, uma vez que ele não o queria mencionar. Disse também, que o meu filho não sabia o significado do mesmo.
No dia seguinte, de manhã, ao pequeno-almoço, disse-lhe que me tinha esquecido de lhe ensinar um palavrão e disse-lhe que era: "p**@."
Ele, rapidamente e muito descontraído disse-me: - "Essa eu já sei!"
Mais rapidamente disse eu: - "Como?"
E ele respondeu-me, que o avô, uma vez tinha dito essa palavra, porque os gatos fizeram cocó na relva, (filhos da p**@.)
No dia seguinte, o meu filho deu-me a caderneta, porque tinha um recado para mim. Para além de assinar a minha mensagem, a Professora do Diogo agradeceu a minha colaboração, e admirou a minha atitude.
E com vocês, já passarm por algo semelhante? Como é que resolveram a situação?
4 comentários:
Já andava a sentir a falta dos teus posts aqui pelo blog.
Ai, coitadinho do teu menino, aquilo foi mesmo sem querer já que nem sabia o que significava. Mas que grande atitude a tua... Eu não tenho filhos mas acho que os miúdos devem andar sempre bem informados.
Beijinho.
Olá Ana!
Ainda bem que me deixou indicações, para a poder identificar :)
Já passei por algo semelhante com o Duarte, não foi na escola, mas com amigos, e claro que a irmã veio a correr contar-me! No caso era aquela que começa por m e tem 5 letras.
Conversando com ele, perguntei-lhe se sabia o que queria dizer ( não, claro!), expliquei-lhe e ele concordou comigo que realmente não era uma coisa bonita de se dizer. Não fui mais longe, como a Ana, porque simplesmente nem sequer me ocorreu, mas acho que fez muito bem.
Eu espero ir esclarecendo à medida que as situações forem surgindo. Porque realmente as crianças imitam, e repetem sem noção do que dizem , apenas porque ouvem, e sendo uma palavra "nova", acham graça.
Recordo-me que apenas no 5º ano soube que existiam palavrões, porque uma colega os dizia a torto e a direito; fiquei fascinada! E durante uns tempos também os disse, mas só quando estava com ela; depois passou-me, bem sabia que estava errado.
O que quero dizer é que faz tudo parte do nosso crescimento, e não devemos dramatizar, partindo logo para os castigos, e decepção.
Tudo o que explicarmos aos nossos pequenos que faça sentido, eles compreendem e aceitam, tal como aconteceu com o seu, e o meu filho.
Beijinhos
hahaha... não pude deixar de me rir com a parte do avô!!
Obrigada pelo teu comentário.
Eu também achei por bem explicar ao meu filho o significado da tal palavra. Há duas palavras que simplesmente não se ouvem na nossa casa (c@*****, e f**@**), mas há palavras que ás vezes deixamos escapar e que não são nada apropriadas para os miúdos, como essa que o teu filho ouviu ao avô :) Tem a sua graça esse episódio.
O importante é eles perceberem que não devem usar essas palavras, porque é impossível protegê-los de as ouvirem...
Beijinho
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