sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Casar, ter filhos e continuar a namorar

Gosto muito de sair com o meu marido, à noite para um jantar romântico e uma ida ao cinema,  é dos nossos programas favoritos para a sexta ou sábado à noite.
Ser mãe, é uma aventura, muito exigente, porém, muito compensatória. Mesmo assim, defendo que o casal precisa de tempo a sós, sem ser só à noite, depois de deitar os filhos, parece-me muito saudável.

Claro que, depois do D. ter nascido, isso passou a ser muito raro. Saímos a primeira vez, para esse programa, no dia de S. Valentim, tinha o D. três anos e três meses. Saímos com uma forte sensação de culpa, que éramos os piores pais do mundo, por nos termos separado do nosso filho pela primeira vez para nos irmos divertir, deixando-o em casa dos avós.
A comida quase que ficou entalada na garganta e nem houve espaço para a sobremesa. O filme, foi interrompido de cinco em cinco minutos, para espreitar o telemóvel, pois poderia ter alguma chamada não atendida dos avós.
Depois desse dia, repetimos o programa todos os anos, no dia de S. Valentim e no dia do nosso aniversário de casamento. Saímos um pouco mais descontraídos, dado que correu sempre bem para o D., claro. Isto, até a S. nascer.
Voltámos a repetir o nosso programa preferido, há três semanas, a S. ainda não tem sequer dois anos, e não se tratava do nosso aniversário de casamento. No entanto, desta vez não me senti nada mal, pelo contrário, senti-me muito bem. Os filhotes ficaram muito bem entregues com os tios e primas e foi uma alegria.

A maior certeza que tenho, é que amo os dois da mesma maneira. Nunca quis beneficiar nenhum  e é uma prioridade para mim tratá-los de igual forma. Contudo, sinto que falhei. Primeiro, porque deixei a S. a primeira vez mais cedo, com 20 meses, segundo,  por não ter sentido a culpa que senti da primeira vez que a deixei para sair com o meu marido, à semelhança do que aconteceu com o D.

Escrevi este desabafo, no dia a seguir a esta saída, e acabei por não o publicar, ficou guardado. Porém, depois de ler este excelente post, fez-me bem, tirou-me um peso da consciência, já não sinto tanta culpa. Aconselho a leitura a pais e futuros pais. Acredito que está muito bem fundamentado.

Bom fim-de-semana, com muito amor, saiam, divirtam-se e namorarem muiiiito ;)

7 comentários:

Te disse...

Acho que não há mal nenhum em sair para namorar sem os filhotes. Desde que saibas que estão bem acompanhados e que nada lhes falta, não há problema.

Isto digo eu que não sou mãe e que não percebo nada do assunto. ;-)

Beijinho.

Te disse...

Tentei ir ao link que deixas-te mas vai ter ao meu painel. :-S

Ana disse...

Obrigada Te :)
Vou resolver o assunto.
Beijinho

Ana disse...

Tá resolvido Te, obrigada.
Acho que copiei o link do Facebook, por isso é que não deu.

Beijinhos e bom fim de-semama :)

(Lê o artigo, vale mesmo a pena.)

Anónimo disse...

Acho muito bemmmmmmmmmmmmmmmm

Anónimo disse...

Querida Ana, os meus pais são do género dos que nunca, mas nunca mesmo, a não ser para trabalharem, saíam sem me levar com eles fosse para onde fosse. E eu hoje pergunto-lhes: como é que conseguiam?
Eu acredito que não teriam sido piores pais se tivessem tirado uns momentos a dois. Porque antes de eu existir, já existiam eles como casal, e o facto de eu ter nascido não lhes devia ter tirado isso. Mas eles eram (e são!) pais super-galinha, por isso, não os culpo.

Mas acredita, Ana, não tens de te sentir nada mal, até porque sabes que deixas os teus filhotes em locais seguros. E acredita que, pela minha experiência de criança, é bem divertido estar na casa das outras pessoas, então se houver mais crianças pelo meio, é diversão sem parar! :)

Ana disse...

P. B.
Espero que o teu marido tenha lido o texto do Arrumadinho. Os homens, quando inexperientes em matéria de filhos, precisam de um abanão, de preferência vindo de um homem, para perceberem que não é nada fácil para a mulher o pós parto. Precisamos de muito, mas mesmo muito apoio.

Joaninha
O teu testemunho, na primeira pessoa, fez-me sentir muito mais aliviada. No entanto, continuo a sentir que vou ser como os teus pais. Preciso muito de mais momentos a sós com o meu marido, mas quando isso acontece, quando saimos, falta sempre qualquer "coisa". Não há nada a fazer, a única diferença, é que desta vez estava mais descontraída, pois o facto de ficar com a minha irmã, contou muito, mas ela já foi embora.

Beijinhos

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